Entre 4 e 5 de setembro, na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília, acontece o curso presencial Água e Gênero. O objetivo do evento é sensibilizar os participantes sobre as assimetrias de gênero no que diz respeito à água. O curso também busca preparar especialistas da Agência e dos setores de recursos hídricos e meio ambiente para as discussões sobre o tema que acontecerão no 8º Fórum Mundial da Água, entre 18 e 23 de março de 2018. Esta capacitação também marca a instalação do Comitê Pró-Equidade de Gênero na ANA.
Durante o curso será discutido o princípio de Dublin – que trata do papel essencial da mulher na provisão, gerenciamento e salvaguarda da água – e como ele pode ser adotado no contexto da Política Nacional de Recursos Hídricos. As apresentações serão feitas pela instrutora Daniela Nogueira, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Além do público da ANA, o evento também é voltado para representantes de órgãos gestores de recursos hídricos, conselhos estaduais de recursos hídricos, agências reguladoras, companhias de saneamento, organizações não governamentais e instituições parceiras, como: Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Na abertura do curso, a diretora da Área de Planejamento da ANA, Gisela Forattini, apontou a capacitação como marco para uma nova fase na Agência no que diz respeito às questões de gênero. “Além de podermos contar com a capacitação das servidoras e servidores, poderemos implementar o tão esperado Comitê [Pró-Equidade de Gênero]. O curso será oferecido nesses dois dias e, ao final, será realizada a eleição para composição do Comitê de Gênero”, conclui. Além disso, Forattini destacou que a partir de 2018 o curso Água e Gênero será oferecido na modalidade de ensino a distância (EaD) via internet.
O Comitê Pró-Equidade de Gênero da ANA foi instituído através da Portaria nº 326/2016. O grupo será composto de 13 membros eleitos para um mandato de dois anos. Poderão fazer parte do Comitê servidoras e servidores efetivos ou comissionados, além de terceirizados(as). Entre seus objetivos, o grupo acompanhará e subsidiará a avaliação e o cumprimento dos objetivos, metas, prioridades e ações definidos no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM). Além disso, o grupo trabalhará para erradicar desigualdades de gênero e formular estratégias em prol da equidade de gênero nas esferas internas da ANA.